quarta-feira, 17 de junho de 2020

Está na hora de falar de uma outra pandemia: a da inatividade física

Estudo já mostrou que 9% das mortes no mundo em 2018 podem ser atribuídas ao sedentarismo

Metade da população brasileira não atinge a quantidade mínima de atividade física necessária para se manter saudável: 150 minutos de atividade em intensidade moderada ou 75 minutos em intensidade vigorosa por semana.

Mas não há um único país que não apresente índices preocupantes para esse fator de risco. Seu alcance global confere à inatividade status de pandemia. Em época de Covid-19, poder-se-ia alegar que o termo soa descomedido. Vejamos. Um estudo de pesquisadores da Universidade Harvard demonstrou que, das 58,7 milhões de mortes ocorridas no mundo em 2018, nada menos que 9% (ou 5,3 milhões de mortes) podiam ser atribuídas à insuficiência de atividade física. Em outras palavras, a inatividade física seria responsável por uma em cada dez mortes no planeta.

As estimativas dos pesquisadores demonstraram, ainda, que a falta de atividade foi responsável por 6% dos óbitos por doenças cardíacas, 7% por diabetes do tipo 2, 10% por câncer de mama e 10% por câncer de cólon. No total, 1,3 milhão de vidas por ano poderiam ser poupadas se a inatividade fosse reduzida em 25%.

Eis que surge a pandemia da Covid-19, e com ela necessidade de isolamento social para conter seu avanço. O efeito colateral do isolamento é o aumento da inatividade, como revela um levantamento feito pela empresa americana Fitbit, que analisou dados de 30 milhões de usuários de dispositivos que medem o número de passos diários. Americanos, espanhóis, italianos e brasileiros apresentaram uma redução de atividade física de 12%, 38%, 25% e 15%, respectivamente, na quarta semana de março deste ano, em comparação ao mesmo período de 2019.

A atividade física poderia proteger contra a Covid-19? É cedo para responder, mas um estudo recente que avaliou 380 mil ingleses jogou luz sobre essa questão. Estimativas de risco demonstraram que a inatividade pôde explicar 8,6% dos casos graves de Covid-19. Outros 29,5% foram atribuídos à obesidade — condição, por sua vez, que pode ser prevenida pela atividade física.

O artigo publicado na revista da Sociedade Americana de Fisiologia, estimamos que, por causa da pandemia, o número de óbitos por todas as causas pode escalar em 535 mil mortes ao ano se a inatividade aumentar em 10% na população. Com incrementos de 25% — um cenário mais realista — seria 1,3 milhão de mortes a mais. Caso a inatividade aumente em 50% em decorrência da pandemia e do isolamento social, isto poderá resultar na morte adicional de 2,7 milhões de pessoas.

Mesmo com o progressivo relaxamento das medidas de isolamento social, grupos de risco como idosos, obesos e doentes crônicos deverão continuar enfrentando restrições de circulação mais rígidas e duradouras, pelo menos até que uma vacina seja desenvolvida ou a imunidade populacional atingida. A promoção de atividade física em domicílio —modalidade barata, segura e eficaz — pode ser uma saída, e segue sob escrutínio no nosso laboratório.

Esse tipo de programa consiste na prescrição de atividade física estruturada, entregue em cartilhas ou vídeos e com monitoramento remoto. A intensidade do acompanhamento profissional depende da necessidade de cuidado do indivíduo: pacientes com doenças crônicas e idosos debilitados podem precisar de assessoramento periódico para checar aderência ao programa, ajustes de cargas e da execução de exercícios e possíveis eventos adversos, ao passo que jovens e adultos saudáveis acostumados a se exercitarem requerem menos ou nenhuma supervisão e podem seguir programas online com progressão gradual. O monitoramento pode se dar por dispositivos e plataformas de saúde digital (ou eHealth), aplicativos de videoconferência e troca de mensagens, email ou por telefone.

Para além da atividade física estruturada, medidas simples como a interrupção do sedentarismo prolongado (a cada uma hora sentado, caminhe por cinco minutos) também são úteis. No “novo normal”, não há espaço para a inatividade.
 — em Vital Academia.



quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Novo estudo questiona: será que devemos substituir antidepressivos por exercícios físicos?



Um novo estudo sugere que os exercícios físicos são tão eficazes em aliviar os sintomas de problemas de saúde mental e transtornos de humor, como ansiedade, depressão e esquizofrenia, quanto os medicamentos tradicionais. Se confirmada, essa pode ser uma excelente notícia para pacientes que sofrem com este tipo de problema, uma vez que isso pode significar menos tempo em instalações psiquiátrica e menos probabilidade de dependência de medicamentos psicotrópicos. 

“A atitude geral da medicina é que você trata primeiro o problema primário, e o exercício nunca foi considerado uma opção de tratamento de vida ou morte. Agora que sabemos que é tão eficaz, pode se tornar tão fundamental quanto a intervenção farmacológica”, explica David Tomasi, professor da Universidade de Vermont, psicoterapeuta e terapeuta de grupo de psiquiatria de pacientes internados no Centro Médico da Universidade de Vermont e principal pesquisador do estudo, em comunicado à imprensa.

Médicos em hospitais psiquiátricos normalmente prescrevem primeiramente medicamentos psicotrópicos, em vez de remédios naturais, como exercícios físicos, para aliviar os sintomas como raiva, ansiedade e depressão. Profissionais confiam nas estruturas psicoterapêuticas e farmacológicas clássicas para tratar sintomas psiquiátricos, que eles monitoram para determinar quando um paciente está pronto para receber alta da instituição. O problema é que tais medicamentos perdem seu efeito com o tempo e passam a causar dependência, além de outros efeitos colaterais.

Corpo são, mente sã = exercícios

A nova pesquisa é um forte argumento para quem acredita que corpo e mente precisam ser tratados de maneira conjunta. Há um crescente reconhecimento dos problemas crônicos associados aos inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS ou SSRI), medicamentos antidepressivos, e outras intervenções farmacológicas. A eficácia dos antidepressivos diminui com o tempo, deixando os pacientes viciados, tendo mais efeitos colaterais do que benefícios. 
Em texto publicado no site Big Think, o colunista Derek Beres, especialista em exercícios físicos, defende que “a divisão mente-corpo destruiu nossa compreensão de nossa natureza animal inerente”. Para ele, a noção de que há um processo etéreo dentro do funcionamento biológico de nossos corpos – o que chamamos de “alma” – resultou em uma dissociação severa entre o movimento físico e a psicologia. Passamos a acreditar que podemos tratar o cérebro separadamente do corpo.

5 controversos tratamentos de saúde mental“Humanos foram projetados para se mover. O bipedismo nos oferece sérias vantagens na capacidade pulmonar e nos sistemas de comunicação. Os humanos são geralmente fracos e lentos entre os mamíferos, mas a combinação de engenhosidade mental e destreza física nos deu uma vantagem competitiva, uma que exploramos de forma tão eficaz que, graças à nossa tecnologia, nos curvamos ao culto da mente enquanto abandonamos a realidade de nossos corpos”, defende.Beres vai além e critica a desconexão da natureza da vida moderna. “À medida que entramos em um mundo (…) no qual os jogadores de e-sports realmente se consideram atletas, essa desconexão se aprofunda. Como Robert McFarlane escreve em Marcos, a remoção de palavras baseadas na natureza de nossos dicionários para criar espaço para termos associados à tecnologia é outro prego no caixão de nossa relação com a natureza. Quando temos um vocabulário mais rico para os itens em uma tela do que para o que vemos quando levantamos nosso olhar, perdemos uma sensação do que formou a própria essência de quem somos”.

Resultados 

Tomasi, em colaboração com Sheri Gates e Emily Reyns, também da UVMMC, construiu uma academia exclusivamente para cerca de 100 pacientes na unidade de psiquiatria de internação do centro médico e conduziu e introduziu exercícios estruturados de 60 minutos e programas de educação nutricional em seus planos de tratamento. Os psicoterapeutas entrevistaram os pacientes sobre seu humor, autoestima e autoimagem antes e depois das sessões de exercício para avaliar os efeitos da atividade física sobre os sintomas psiquiátricos.

Os pacientes relataram níveis mais baixos de raiva, ansiedade e depressão, maior auto-estima e melhor humor geral. Incríveis 95% dos pacientes relataram melhora de humor após os exercícios, enquanto 63% relataram estar felizes ou muito felizes, em oposição aos neutros, tristes ou muito tristes, após os exercícios. Uma média de 91,8% dos pacientes também relataram que estavam satisfeitos com a maneira como seus corpos se sentiam depois de realizar os exercícios.

“O mais fantástico sobre estes resultados é que, se você está em um estado psicótico, você está de certa forma limitado com o que você pode fazer em termos de psicoterapia. É difícil receber uma mensagem através da terapia neste estado, enquanto que com o exercício, você pode usar seu corpo e não confiar apenas na inteligência emocional”, explica Tomasi.
“A prioridade é fornecer estratégias mais naturais para o tratamento de transtornos de humor, depressão e ansiedade. Na prática, esperamos que todas as instalações psiquiátricas incluam terapias integrativas – no nosso caso, o exercício em particular – como o principal recurso para o bem-estar psicofísico de seus pacientes”, defende. [Science DailyBig Think]


sexta-feira, 14 de junho de 2019

O importante é se mover! Conheça os 7 benefícios da hidroginástica para a saúde:
1. Doenças crônicas: os exercícios podem ajudar as pessoas com problemas como artrite, pois favorecem a melhor utilização das articulações afetadas.
2.Saúde mental: A hidroginástica pode melhorar o humor. A água morna pode diminuir o estresse, assim melhorando o humor e ainda reduzindo a possibilidade de depressão.
3. Suporte à flutuação: Um dos principais benefícios da hidroginástica é que os exercícios fornecem flutuabilidade e suporte para o seu corpo, assim evitando a possibilidade de lesões sobre músculos, ossos e articulações.
4. Aumento de resistência muscular: A hidroginástica pode agir sobre a região enfraquecida, contribuindo para que haja um melhor suporte para toda a massa muscular corporal.
5. Maior flexibilidade: O efeito da redução da força gravitacional enquanto estiver sob a água poderá conduzir a uma melhor flexibilidade do corpo. As articulações podem se mover de forma mais fácil através da ampla gama de movimentos realizados nas aulas.
6. Melhora o sistema cardiovascular: os exercícios revelam-se extremamente benéficos em termos de condicionamento cardiovascular.
7. Queima calorias: é muito eficaz para a perda de peso, pois praticar 1 hora pode reduzir de 450 a 700 calorias.

quarta-feira, 20 de março de 2019

De quantos dias de descanso entre os treinos eu realmente preciso?



Os músculos precisam de uma certa quantidade de descanso para ficarem fortes e hipertrofiarem. Enquanto algumas fontes sugerem que os músculos necessitam de 48 horas ou mais para se recuperar do exercício, outras mostram que pode não haver um tempo específico para esse descanso.
A busca pelo resultado a qualquer custo, independentemente de todas as limitações do corpo, às vezes prejudica muito nosso organismo. Na cabeça de muitas pessoas o descanso significa deixar de treinar e ter resultado, mas o certo é entendê-lo como parte do treinamento.
O excesso de treinamento desencadeia inúmeros problemas, incluindo redução do desempenho e lesões –aí, a pessoa que não quis ficar um dia sem treinar e descansar pode passar até meses sem fazer exercícios –, além de problemas cardiovasculares, imunológicos, alterações no sono etc.
O exercício é responsável por microlesões musculares, o que é responsável pelo processo de hipertrofia, e, consequentemente, liberação de íons de hidrogênio –responsável pela dor. Durante o descanso, os músculos têm o tempo devido para se recuperar, aumentando o número de células e também seu tamanho. E aí está o segredo. O seu processo de fortalecimento e força acontece como uma lição de casa. Depois da academia, você vai para casa descansar e sua musculatura e metabolismo estão lá fazendo todo o dever de casa.
Algumas pesquisas sugerem que, como a dor muscular pode atingir o pico dois dias após o exercício, um mínimo de 48 horas de descanso é ideal para permitir a recuperação e prevenir lesões –pelo menos entre os atletas competitivos estudados. Outros especialistas sugerem descansar até 72 horas entre os treinos, se você é um iniciante no exercício, enquanto alguns dizem que oito horas de sono são suficientes para seu corpo se recuperar.
Finalmente, uma metanálise determinou que, para um desenvolvimento de força ideal, um a dois dias de descanso entre as sessões pode ser ideal para iniciantes que treinam três dias por semana e praticantes experientes treinando dois dias por semana.
Vale lembrar que o descanso não significa ficar parado. O que estou falando é do descanso da musculatura trabalhada. Se você, por exemplo, treinou hoje pernas, amanhã não treinará pernas de novo, mas não ficará sem treinar, poderá treinar membros superiores ou os músculos não trabalhados.
Ainda assim, há outros fatores a serem considerados quando se trata de determinar o descanso adequado, como a idade, a frequência de treino, o tipo de treino, a intensidade do treino, a duração do treino, a ingestão alimentar etc.

Reforço que seus músculos não precisam de uma pausa total do movimento para se recuperar completamente. Um estudo descobriu que exercícios pós-treino de baixa intensidade –como nadar ou caminhar – podem auxiliar no relaxamento muscular, o que beneficia a recuperação. Recuperação não significa necessariamente sentar-se no sofá o dia todo! Ioga, pilates, corrida leve ou natação podem ser consideradas atividades de "dia de descanso", dependendo do seu nível de condicionamento físico.
Você também pode procurar tratamentos mais suaves para acelerar a recuperação, incluindo gelo, aquecimentos, alongamentos estáticos e massagem terapêutica. Além do mais, é imprescindível que preste atenção na nutrição pós-treino adequada.
Não há fórmula mágica para dias ótimos de descanso. Leve em consideração seu nível de condicionamento físico, intensidade, frequência e duração da atividade e procure sinais de que o corpo precisa de uma pausa, como dores musculares ou articulares crônicas e desempenho físico prejudicado. Certifique-se de reconhecer a diferença entre dor e uma possível lesão e, acima de tudo, não tenha medo de tirar um tempo para se recuperar e descansar. Em caso de dor crônica, procure um médico.
Referências:
– Burt DG, Twist C. The effects of exercise-induced muscle damage on cycling time-trial performance. Journal of Strength and Conditioning Research / National Strength & Conditioning Association, 2011, Dec.;25(8):1533-4287.
– Rhea MR, Alvar BA, Burkett LN. A meta-analysis to determine the dose response for strength development. Medicine and Science in Sports and Exercise, 2003, Jul.;35(3):0195-9131.
– Suzuki M, Umeda T, Nakaji S. Effect of incorporating low intensity exercise into the recovery period after a rugby match. British Journal of Sports Medicine, 2005, Feb.;38(4):1473-0480.
– Flann KL, LaStayo PC, McClain DA. Muscle damage and muscle remodeling: no pain, no ga in? The Journal of Experimental Biology, 2011, Jun.;214(Pt 4):1477-9145.
- – Tofas T, Jamurtas AZ, Fatouros I. Plyometric exercise increases serum indices of muscle damage and collagen breakdown. Journal of Strength and Conditioning Research / National Strength & Conditioning Association, 2008, Sep.;22(2):1533-4287.
– Urakawa S, Takamoto K, Nakamura T. Manual therapy ameliorates delayed-onset muscle soreness and alters muscle metabolites in rats. Physiological Reports, 2015, Feb.;3(2):2051-817X.
– Berardi JM, Price TB, Noreen EE. Postexercise muscle glycogen recovery enhanced with a carbohydrate-protein supplement. Medicine and Science in Sports and Exercise, 2006, Oct.;38(6):0195-9131.
– PHYSIOLOGIC RESPONSES AND LONG-TERM ADAPTATIONS TO EXERCISE.
Fonte: https://paolamachado.blogosfera.uol.com.br/2019/03/14/quantos-dias-de-descanso-entre-os-treinos-eu-realmente-preciso/

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Os números da obesidade e o que fazer para conter essa epidemia mundial

Artigo escrito por Dr. João Aguiar, médico com graduação em Endocrinologia Clínica, medicina do esporte e fisiologia do exercício



Organização Mundial de Saúde aponta a obesidade como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. A projeção é que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso; e mais de 700 milhões, obesos. O número de crianças com sobrepeso e obesidade no mundo poderia chegar a 75 milhões, caso nada seja feito.
Aqui no Brasil, o Ministério da Saúde acaba de divulgar uma pesquisa mostrando que em 10 anos o número de obesos cresceu 60% e contribuiu para o aumento dos casos de doenças sistêmicas. A gordura visceral tem efeitos inflamatórios no organismo e potencializam as chances de Diabetes, infarto agudo do miocárdio (IAM), acidente vascular cerebral (AVC), hipertensão arterial, esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado) e câncer.

A incidência é maior em mulheres (59,8%) do que em homens (57,3%) e mesmo em crianças o número é alto, em torno de 15%. A prevalência de obesidade infantil vem apresentando um rápido aumento nas últimas décadas, sendo caracterizada como uma verdadeira epidemia mundial. Este fato é bastante preocupante, pois doenças observadas em adultos como hipertensão, dislipidemias e diabetes já vêm sendo diagnosticadas frequentemente em jovens.
A obesidade é uma doença de causa multifatorial, estando envolvidos fatores genéticos e ambientais. Percebe-se um traço familiar, de modo que filhos de pais que estão acima do peso têm risco aumentado de se tornarem obesos. Contudo, não é uma tarefa simples avaliar até onde vai o papel da genética e qual a contribuição dos fatores ambientais, pois, além da hereditariedade, pais e filhos costumam compartilhar hábitos alimentares e de atividade física semelhantes.
Os fatores mais consistentes que poderiam explicar este crescente aumento do número de indivíduos obesos estão mais relacionados às mudanças no estilo de vida, com a diminuição da prática de exercícios físicos e aumento no consumo de alimentos ricos em açúcares simples e gordura, vale ressaltar que os problemas endocrinológicos e metabólicos são responsáveis por apenas 2% dos casos em crianças.
Para o tratamento da obesidade o ideal é adotar uma abordagem multidisciplinar com médico (pediatra e endocrinologista), nutricionista, psicólogo e educador físico. E esse tratamento deverá ser iniciado o mais breve possível, pois quanto maior a idade e peso mais difícil será a reversão de hábitos incorporados e alterações metabólicas.
É preciso ainda adotar medidas de caráter informativo e educativo que podem e devem ser implantadas, principalmente, no currículo escolar (educação nutricional). Entre essas medidas estão: o aumento da carga horária de Educação Física e estímulo à prática desportiva, além da necessidade de se promover a limitação do número de propagandas de alimentos que possam trazer algum mal à saúde.
O Brasil através do Ministério da Saúde assumiu como compromisso atingir três metas: deter o crescimento da obesidade na população adulta até 2019, por meio de políticas intersetoriais de saúde e segurança alimentar e nutricional; reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta, até 2019; e ampliar em no mínimo de 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente até 2019. O importante é que todos tenham consciência da necessidade de atuar juntos para conter o aumento desses números.


quarta-feira, 18 de outubro de 2017

NATAÇÃO NA TERCEIRA IDADE: UMA OPÇÃO SAUDÁVEL E DIVERTIDA!

Envelhecer faz parte do processo natural da vida. Ao chegar à terceira idade, é indicado que se tenha mais cuidados com o corpo. Algumas situações como osteoporose e artrose tornam-se mais comuns. Praticar exercícios físicos nesse estágio, portanto, fortalece o organismo.

A natação é um esporte recomendado para idosos, pois pode reduzir a perda de massa óssea e muscular. Outro motivo é a redução do impacto das estruturas ósseas e articulares o que diminui os desgastes nas cartilagens. Todos estes benefícios previnem que um idoso tenha dores no corpo ou fraturas. Logo, a natação é um esporte seguro para a terceira idade.
Outros benefícios observados em quem pratica natação é a melhora na musculatura do abdômen e do assoalho pélvico. Está comprovado que há diminuição de problemas como incontinência urinária em quem pratica natação, especialmente nas mulheres. Também combate o sedentarismo, auxiliando na prevenção da hipertensão e da obesidade.
Em alguns casos, ao chegar à terceira idade, o idoso pode se sentir sozinho, já que não tem mais a rotina tão agitada de outras épocas. A natação é um estímulo para a convivência em grupo, a socialização e, consequentemente, combate casos de depressão, uma das consequências da solidão.
Os benefícios que a natação traz para qualquer estágio da vida são potencializados durante a terceira idade. A natação é um excelente esporte para incentivar uma vida saudável para todos!

 


terça-feira, 27 de junho de 2017

13 Benefícios da Hidroginástica Para Boa Forma e Saúde.



A hidroginástica é um exercício aeróbico leve que pode ser adotado por todos, independente da faixa etária. O pouquíssimo impacto oferecido e a refrescância da água para os dias mais quentes são apenas os principais motivos para você se sentir tentado a se exercitar nas piscinas. O público varia de gestantes a idosos, e os benefícios da hidroginástica envolvem sistema circulatório, força, controle de peso, articulações e até mesmo reduz a possibilidade de ocorrência de algumas doenças.


Vamos conhecer um pouco mais sobre os benefícios que a hidroginástica pode oferecer à sua saúde e boa forma.

1. Doenças crônicas

Os exercícios feitos nas aulas de hidroginástica podem ajudar as pessoas com problemas como artrite, pois favorecem a melhor utilização das articulações afetadas, sem oferecer risco de agravamento dos sintomas. Pesquisas identificaram melhora nos casos de pessoas com artrite reumatoide, além de reduzir dores de osteoartrite.

2. Saúde mental

A hidroginástica pode melhorar o humor. Pessoas com fibromialgia podem notar que os exercícios sob a água podem diminuir a ansiedade. A água morna pode diminuir o estresse, assim melhorando o humor e ainda reduzindo a possibilidade de depressão.
Os benefícios da hidroginástica para a saúde mente são importantes, principalmente, para crianças com deficiências de desenvolvimento, favorecendo assim a inserção no ciclo social, além de melhorar as relações familiares.

3. Velhice saudável

Os benefícios da hidroginástica podem ser interessantes para reduzir os sintomas e reações comuns no processo de pós-menopausa. Não só as mulheres, mas homens também podem desfrutar dessa contribuição dos exercícios na piscina, já que esses podem favorecer à saúde óssea.

4. Suporte à flutuação

Um dos principais benefícios da hidroginástica é que os exercícios fornecem flutuabilidade e suporte para o seu corpo, assim evitando a possibilidade de lesões sobre músculos, ossos e articulações. A água reduz até 80% de seu peso, o que causa menos pressão sobre as articulações, costas e torso, se a hidroginástica for comparada a exercícios realizados no solo.

5. Aumento de resistência muscular

Se compararmos a densidade da água com a densidade do ar, é possível destacarmos o aumento da resistência muscular. A hidroginástica pode agir sobre a região enfraquecida, contribuindo para que haja um melhor suporte para toda a massa muscular corporal. Os resultados dos exercícios feitos na água também são mais rápidos que aqueles realizados no solo.

6. Maior flexibilidade

O efeito da redução da força gravitacional enquanto estiver sob a água poderá conduzir a uma melhor flexibilidade do corpo. As articulações podem se mover de forma mais fácil através da ampla gama de movimentos realizados nas aulas, o que torna a hidroginástica ainda mais benéfica para idosos.

7. Melhora o sistema cardiovascular

Os exercícios de hidroginástica revelam-se extremamente benéficos em termos de condicionamento cardiovascular. Os exercícios beneficiam a frequência cardíaca, que é mantida a uma taxa inferior se comparados ao ciclismo ou corrida. Uma afirmativa um tanto quanto tendenciosa descreve que o coração parece funcionar melhor quando a pessoa está fazendo hidroginástica.

8. Queima calorias

Todos nós sabemos que os exercícios são a melhor opção para se livrar dos quilinhos a mais. No entanto, é importante que você saiba que a hidroginástica é muito eficaz para a perda de peso, pois praticar 1 hora pode reduzir de 450 a 700 calorias, sendo uma das alternativas para você eliminar os quilinhos extras.

9. Gestação segura

Os benefícios da hidroginástica também chegam às gestantes e bebês. Os movimentos feitos na piscina favorecem a liberação do hormônio relaxina, que marca presença nas articulações, e ainda pode auxiliar para uma melhor abertura do quadril, o que contribui para uma melhor passagem do bebê.
As gestantes ainda podem contar com a diminuição de edemas, que surgem com frequência no terceiro trimestre da gestação, devido ao aumento do feto, que pode comprometer da circulação do sangue, já que as artérias ficam mais comprimidas. A hidroginástica favorece o bom funcionamento do sistema circulatório de modo geral.

10. Apoio à recuperação

Algumas pessoas lidam com desconfortos ou adiam o retorno à prática de exercícios físicos após a realização de procedimentos cirúrgicos. A hidroginástica é a opção perfeita para aqueles que desejam retornar às atividades e não querem prejudicar o período de recuperação. As aulas podem auxiliar e fortalecer as articulações de joelhos, coluna, e ainda melhorar a sua postura.

11. Maior interação

Contrariando muitas afirmativas, a hidroginástica não é praticada apenas por idosos. As aulas consistem em exercícios individuais, em duplas, ou grupais, o que favorece as relações sociais. A interação necessária pode reduzir desconfortos resultantes da timidez, a qual pode dificultar a sua inserção social, e ainda tornar você uma pessoa menos inibida.
Esse benefício pode não só ser interessante para ser desfrutado durante os exercícios, como também pode ser levado como aprendizado para sua vida pessoal e até mesmo profissional.

12. Relaxamento

Diferenciando-se das badalações de academia cheia, música alta e grande esforço para levantamento de pesos, a hidroginástica é o exercício que pode ser escolhido não só para você entrar em forma, mas também para relaxar.
As atividades feitas na água exigem concentração, calma e controle de respiração, e esses momentos podem proporcionar relaxamento e descanso para sua mente se desligar dos problemas do cotidiano, podendo renovar as suas energias para mais desafios.

13. Tonifica músculos

Não pense que os benefícios da hidroginástica tangem apenas as funções cardiorrespiratórias e circulatórias, muito pelo contrário. Talvez essa seja a dúvida de muitas pessoas, mas não pense que você deve optar pela prática de apenas uma modalidade de exercício. As academias disponibilizam aulas de hidroginástica com dias alternados, ou seja, você poderá permanecer praticando musculação ou qualquer outro esporte junto a esses exercícios dentro d’água.
A hidroginástica pode favorecer a saúde dos músculos, ou seja, se você se dedica para uma melhor definição e hipertrofia, as atividades na piscina ainda poderão tonificar os seus músculos, então beneficiando também a saúde da massa muscular adquirida com dieta e treinos de levantamento de peso.